domingo, 1 de maio de 2011

HISTÓRIAS E PENSAMENTOS

Já havia decidido no principio deste ano mudar o meu foco para textos técnicos, os quais busquem o dialogo e algumas respostas. Faz muitos anos que ando nesta vida de cavalos, como cavaleiro internacional, jornalista especializado filiado à IAEJ e International Group For Qualifications In Training Horse and Rider em seu nível máximo, formado na Escola Militar de Mafra nos anos 80 e ter produzido cavalos de nível internacional, assim como cavaleiro, nas 3 modalidades olímpicas. Olho para os lados e não vejo no meu país ninguém com o meu palmares a não ser um “monte de paraquedistas”. Comecei a seguir as Competições internacionais “in loco”, nos Jogos pan-americanos de Caracas em 1983, sendo no total 5 PAN’s (Havana, Mar Del Plata, Winnipeg, Santo Domingo Rio e 3 mundiais (Estocolmo, Haia, Roma) e 4 Olímpiadas (Los Angeles,Seul, Barcelona e Atlanta) sendo que hoje assino a FEI TV e Clipmyhorse.de, o que de melhor existe para quem busca a informação verdadeira, a da vitória. Neste meio tempo escrevi o “melhor livro de Equitação do Brasil”, apenas comparado aos antigos do Sr. Furtado (Equitação Prática). Francamente, muitos condenam-me por ser humilde demais em minhas considerações. Um sujeito que montou com Nuno de Oliveira, Reiner Klimke, Nelson Pessoa, Renildo Ferreira, Michael Matz, Virginia Leng, algo não está certo. Já vendi mais de 800 cavalos em vendas diretas (jamais em leilões), sendo 300 aproximadamente feitos por minha pessoa. Amo vender cavalos pelo simples fato de levar a felicidade para alguém, ver na pessoa um sorriso, principalmente amo vender cavalos para crianças e adolescentes, pois sei que fazendo a venda correta, transformarei a personalidade destes e exemplos não me faltam. No meu entender o esporte eqüestre é o melhor e mais completo no mundo para a formação do individuo, ele o regula, os hiperativos entram no ritmo sem remédios e os mais “lerdos” aprendem através da auto confiança a adequarem-se ao mesmo ritmo. Conviver com as poucas vitórias e muitas derrotas de certo é uma grande lição.
Alguns afirmam que sou uma pessoa difícil. Dentro desta ênfase fiz um desafio publico já faz quase 4 anos para quem souber de alguma falta de conduta de minha parte, comprovadamente, tenho uma poupança esperando por ele, pelos rendimentos deve estar por volta de US$2.700 dólares. Não conheço nenhum “louco” que tenha feito algo parecido no mundo. Nunca ninguém apareceu para resgatar este montante financeiro. A minha palavra de ordem é INTOCÁVEL, o que de certo me enche de orgulho e por mais “tiros” que queiram me dar (literalmente), nenhum me acertou até hoje.
Abracei o cavalo Puro Sangue Lusitano pela raízes e pela história. Desde muito jovem, falo de 6 ou 7 anos de idade, meu motorista na Lourenço Marques em Moçambique, levava-me para ver touradas, ele era quem fazia a bandarilhas utilizadas nas corridas, o Sr. Pinheiro, a última vez que o vi fazia o mesmo serviço no Campo Pequeno em Lisboa. Como jovem, fora as touradas, gostava mesmo era de andar a cavalo em Lourenço Marques e uma das minhas mais doces lembranças é galopar entre as palhotas em direção à praia pelos caminhos de terra, aonde passava o meu dia na companhia de meu cavalo. Isso tudo devo a minha mãe, senhora esta respeitada em toda a comunidade local, o que tornava-me intocável, era ela que cuidava dos postos de saúde daquela região e mesmo sendo uma senhora de bastantes poder financeiro, tratava das feridas dos mais necessitados, nunca tornei a ter contato com alguém igual a esta Senhora que por sorte era minha mãe. Até hoje nunca soube de história parecida, de uma enfermeira paraquedista, esta sim bem mais “louca” que eu, a qual despediu-se de Moçambique, da cadeia direto para o aeroporto (experiência a qual lembro ter contado ser de grande valia por ter conhecido lá mulheres de grande valor), deixando tudo para trás, nunca mais retornou a África. Impossível não ter “bronca” de Portugal, Sr. Almeida Santos (depois ministro em Portugal) era o advogado de minha família durante anos em Moçambique. O Otelo Saraiva de Carvalho foi colega de Liceu de meu pai. De certo foi a pior descolonização que o mundo já viu. Anos mais tarde, um professor o qual adorava de paixão, Cel. Vasconcelos Porto e outro grande mestre Cel. Marinho Falção, convidam-me para fazer o curso de instrutores em Mafra. Conheço o Cel. Jorge Mathias, já amigo de minha família de Moçambique. Foram momentos os quais jamais sairão de minha memória, a tapada de Mafra, as noites na companhia do João Oliveira, a Ericeira e as sapateiras, as noites de queijos e vinhos na sala dos Oficiais e a “overdose” de cavalos, nunca vi nada tão duro como Mafra em 87 no curso de Instrutores, dos 6 alunos do curso, apenas eu e o hoje Cel. Cruz Silva terminamos e recebemos o diploma * (foto ilustrativa).
Em 1992 algo de novo acontece, já montava cavalos de uma proprietária na Hípica Santo Amaro da Sr. Maria Besenbach, esta Sr. foi responsável pela produção de quase todos os cavaleiros de cavalos PSL na atualidade no Brasil, sendo para mim mais importante do que o renomado Tony Pereira, que na realidade era um vendedor de carros que descobriu que comprar cavalos em Portugal por mil contos e os vender no Brasil por fortunas, era um ótimo negócio, já a Sra. Besenbach fazia a roda girar no Brasil, comprando cavalos “made in Brasil”.
1992, Aldo Araújo Pinto, uma personalidade o qual no meu entender fabricou o mito Vasco Freire. Ele era um péssimo criador de cavalos mangalarga e certo dia a convite do hoje renomado diretor de cinema Jaime Monjardim viaja a Portugal e o Sr. Vasco Freire faz o mesmo que o Sr. carvalho Nunes vez por ano a fio, o leva para comprar cavalos PSL, é desta iniciativa que o Sr. Freire, já amigo do grande pensador Eng. Alfredo Batista, um dos maiores pensadores do cavalo Lusitano do mundo, com um livro pronto o qual ninguém consegue editar. É desta parceria Aldo (multimilionário) e Vasco a qual proporciona a maior revolução na raça até os dias de hoje, o tal Veiga /Andrade, um F1 o qual ganha tudo ou quase na década de 90 em Portugal, fomentando a exportação de centenas de cavalos para o Brasil e para o mundo. Uma destas vitória é o garanhão de nome DISTINTO de ferro Coimbra, até hoje o único Campeão dos campeões por unanimidade na Internacional de Lisboa. Quando este garanhão chega ao Brasil, quem o monta sou eu, mas sempre sofrendo muitas criticas do Sr. Freire e eu louco para passar do Hunter Seat, minha especialidade por anos para o Adestramento, aonde já vinha com bastantes bases de Mafra,mas ainda com fortes ligações à Equitação Esportiva, começando a diluir tudo o que havia visto e aprendido no final da década de 80 em Portugal. De certo esta parceria herda o já iniciado por Tony Pereira e amplia com mais profissionalismo comercial, com um Sr. Aldo A. Pinto, o dono do dinheiro e Sr. Freire com a expertise e estes fazem a festa. Nesta década viajo a Portugal muito para acompanhar a Internacional de Lisboa como jornalista e de certo sempre foram momentos ímpares e nestas viagens conheço uma pessoa muito importante hoje para mim, o Lic. Juan Del Valle Alvarado do México, o qual me abre as portas do mercado mexicano.
Em 2000 conheço o meu grande amigo dos dias de hoje, José Carlos Garcia, orgulho-me de nunca ter trabalhado para este diretamente, mantendo sempre um relacionamento de amigos os quais fazem negócios juntos o que tornou tudo sempre muito salutar e equilibrado.
Nunca me esquecerei da primeira frase que este jogou na minha cara no primeiro dia que visitei o Haras Modelo. – Nuno, tu deves ser muito bom ou muito ruim para trabalhares há tantos anos com o Aldo A. Pinto. 11 anos depois acho que a resposta era a primeira alternativa. Foi ele também que fez o primeiro desafio de tentar saber o que ocorria com tanta perseguição a meu nome no PSL já naquela altura e de certo brinca até hoje dizendo que nada encontrou. Juntos criamos o melhor e mais eficiente programa de venda de cavalos PSL do mundo, são mais de 250 cavalos vendidos para todo o mundo, desde Nostradamus do Top, Vulção dos Pinhais entre muitos que se perderam mundo a fora, uma grande dor que tenho hoje, todos os cavalos vendidos para madames, em exceto do Que Ba HM, perderam-se na mãos de amadores, nunca tiveram acesso à foto, falo em mais de 200 cavalos PSL, entre eles Quatrilho HM e Solar HM. Ontem (literalmente) pela primeira vez por unanimidade escolhemos um potro que não têm preço de ferro HM de nome maravilhoso DINAMICO HM (Portugal em Dinâmica Itapua), o qual já nasce com uma história ímpar. Dinâmica sua mãe no passado foi uma égua montada, uma das primeiras no Brasil, veio a morrer e nada de significativo havia criado, sempre cavalos regulares com diversos garanhões. Já velha, letra “D” nos dá o Dinâmico HM, seu último potro nascido.
Fazendo um pequeno adendo aqui, referente a éguas de idade, não concordo com a postura de alguns em afirmarem que estas depois dos 20 anos nada mais produzem. No Brasil temos a famosa Cenoura, produziu bons cavalos depois do 20 anos, inclusive o melhor cavalo do Brasil atualmente, Xama dos Pinhais. Temos de rever este conceito em épocas de transferência de embrião com urgência. No meu entender o ditado popular, panela velha é que faz a melhor comida, no caso das éguas está valendo e boas éguas amigos são aqueles que seguram a “bronca” com qualquer garanhão, coloca-se um “Penco” nela e ela joga no chão um cavalo comercial. Todas estas éguas no mundo terão de ser identificadas, este é o mais importante trabalho a ser executado na raça, formar o livro das éguas BALUDAS. Estas éguas terão de ser selecionadas já, elas são a segurança de manter a raça num padrão desejável no futuro, sem esta pesquisa estamos invariavelmente mortos em 15 anos. A dura competição vai nos achatar e jogar no mar, ficaremos sempre dependentes de expoentes do caso.
Em 1997, estava eu na companhia do amigo de décadas o Eng. Énio Monte, aquele mesmo que juntamente com o Dr. José Monteiro fazem o primeiro embarque de cavalo Lusitanos para o Brasil logo depois da Revolução dos Cravos e decidimos em conjunto pela formação do ANDALUZ BRASILEIRO, o que era nada mais que dizimar no mercado dos cavalos SRD e raças tradicionais regionais do Brasil o sangue criado pelo ferro Itapuã referente ao cavalo Ibérico, nada mais que uma sacada comercial brilhante. Por sorte, através de meu intermédio na mesma oportunidade todos os cavalos do Brasil do Eng. Aldo A. Pinto estavam estabulados no Haras Itapuã e com o uso de Hippus, Distinto, Emir entre outros o Haras Itapuã sofre uma grande renovação de sangues, mas como tudo que nasce de uma “pobreza genética” acaba por não ter longevidade e o projeto então aceitável vira uma “pedra no sapato” quando o Sr. Gavião do Interagro não aceita unir na ABPSL o Andaluz Brasileiro o qual iria substituir o hoje dito cruzado Lusitano. O Andaluz Brasileiro, hoje uma raça brasileira a qual permite formar-se cavalos puro por cruza cai em falência e notamos que comercialmente esta nova geração de cavalos meio sangues pós Andaluz Brasileiro são registrados como ½ sangue lusitanos, agregando-se ao papel a filiação de seus pais ou mães, sendo que jamais serão puros, como previa o Andaluz Brasileiro em seu acordo genético registrado no Ministério da Agricultura do Brasil. No final do ano passado, existe um debate interno, antes da assinatura do protocolo de mudança de nome do meio sangue para Lusitano de Esporte, pura jogada de marketing, mas que também não tem até os dias de hoje nenhuma solução, pois alguns fizeram a pergunta: - Se o meio sangue é de esporte, o que é o puro? Quem realmente colocou uma pedra em cima da questão foi José Carlos Garcia (8 anos Presidente da ABPSL). Eu , ainda ando por aqui remoendo os beiços, pois sei que o mercado internacional, principalmente o de Wellington USA não quer nem olhar para o papel dos cavalos, eles apenas querem saber de colocar o cavalo no picadeiro e o mesmo cumprir as suas funções de performance. 50% dos clientes para os quais vendo cavalos para os EUA jamais pediram a transferência de propriedade de um cavalo, eu é que faço para que retire do nome dos criadores os cavalos, poupando alguns reais da conta mensal expedida pela ABPSL.
Minha esperança mais imediatista é o meio sangue e atrelar a este o Puro, principalmente no mercado nos USA. Como os potros são novos ainda, filhos de éguas Gribaldi, Ferro, Socrates, De Niro, Sandro Hit, United, etc é muito nova a coisa, mas a minha projeção é bastante positiva.
Dentro de outro foco trabalho desesperadamente a pesquisa do mercado CHINÊS. Sei que os portugueses já andaram por lá, mas quem faz a festa são os espanhóis. Recentemente o Brasil fechou um acordo para exportação de carne suína, aonde abriu a porta para a exportação direta de cavalos. Esta abertura pode ser decisiva para fornecer à burguesia chinesa (quem diria!!) todos os cavalos que eles comeram no passado, agora para servirem de status para as madames chinesas em ascensão social e tudo o que elas querem é serem inglesas, há que aproveitar a situação e colocar algumas “empadinhas” na festa no Sr. Schockemöhle. Para isso algum louco terá de pegar um avião de cavalos e despejá-los na China, entre cavalos de Salto e Adestramento. Pela pesquisa, para nós do Brasil só um avião inteiro serve, via Amsterdam ou Frankfurt inviabiliza o negócio. O vôo é Campinas, Santiago e Beijing com 32 cavalos a bordo pela ABSA Air Cargo.
Porque a China? Aqui entre nós, o Brasil não tem mercado para o cavalos de Adestramento, investiram num segmento o qual 50 gaiatos praticam, mal e porcamente, tudo na base do suborno comprovado (a Sra. Withages) que o diga. Estamos à beira de nossa primeira grande derrota, Guadalajara 2011 , aonde o Brasil perderá para os donos da casa o México a medalha de bronze, ficando fora das Olimpíadas de Londres por equipe, voltando nas Olimpíadas do RIO, porque é em casa, mas até lá confio que tenhamos revertido a história. É impossível algum país ser julgado por juízes nacionais e alguns internacionais os quais nunca fizeram um cavalo (simplesmente não entendo), depois os Internacionais vêem a nosso país e são induzidos aos pontos, + 2 + 3 pontos percentuais do que realmente os conjuntos merecem. O Adestramento do Brasil hoje não está sob o comando da CBH mas sim de particulares, ou melhor famílias. A CBH hoje tem sua renda proveniente em parte do Ministério dos Esportes e outra por parte da taxa de importação de cavalos provenientes do estrangeiro a qual ela cobra R$3.000 reais por cada cavalo (US$2.100 dólares). Esta bárbara ação comercial em poucos anos definhará a criação nacional de cavalos de esporte a qual deveria ter o seu mercado intermediário garantido por lei ou fortes taxas de importação de cavalos, nada diferente do que importar um veículo automotivo. Esta história é muito perigosa, envolve grandes e poderosos empresários, precisa-se trabalhar com bastante cuidado, mas sem desviar o foco e atingir estes importadores em seu coração, alguns com a cadeia e outros colocando seus nomes no ministério da fazenda e fazer da CBH um órgão que protege o cavaleiro e a Industria nacional do cavalo, entidade que não faz uma nem outra coisa, pensando exclusivamente em concursos, aonde os cartolas podem faturar e deles.
Voltando ao tema. Atrevo-me a tocar neste tema porque já perdi tudo o que tinha com cavalos, tudo mesmo, a ponto de ter de ir ao Banco fazer empréstimo para não ver meus cavalos morrerem de fome e foi este dia que terminei com tudo (no Brasil, cavalos sempre serão um apêndice de algum outro negócio mais forte financeiramente. João Oliveira já afirmava ser uma forma alegre de perder dinheiro). Saibam que começar é fácil, terminar é um drama, principalmente se tem amor para com aquilo pelo qual é responsável por criar e trazer a este mundo, tendo caído a ficha sobre este detalhe depois que tive os meus filhos com clareza absoluta. A dor foi traumatizante, a ponto de ter em meu contrato matrimonial uma clausula que não me permite mais ter cavalos de minha propriedade, clausula esta que minha esposa faz questão de seguir à risca.
O que quero dizer com isso é que já sofri, já vi outros sofrerem e de certo tenho 100% de certeza que não vale nos dias de hoje criarem-se cavalos que não possam proporcionar alegria e lucros, para que outros possam ser sustentados e o negócio ser ampliado. Neste aspecto sou radical, chegar num criador, com 400 cavalos, gastando uma tonelada de ração por mês e só ver “pencos”, tudo o que penso é quantas crianças carentes poderia sustentar com aquele dinheiro todo e saibam que nosso país precisa muito deste tipo de investimento. Se hoje tenho todo o respeito deste mundo pelo Sr. Aldo A. Pinto é que o mesmo, quando bem de saúde, tinha muitos “pencos”, mas parte de seu dinheiro era destinado para programas junto ao Hospital de Oncologia de crianças para compra de aparelhos de última geração e projeto Itamar ( um dos projetos mais sérios deste país de preservação ambiental), sendo ele o responsável por alimentar durante 4 anos todos os cavalos de rua recolhidos pelo Centro de Zoonoses da Cidade de São Paulo, de certo uma pessoa especial.
Neste grupo de criadores, não incluo aqueles que gastam fortunas por mês e nem estão ai com rentabilidade e são estes que cuidam naturalmente através do “poder da grana que constrói de destrói coisas belas”. Esta talvez seja a principal questão a ser combatida, o coração do negócio. Não se pode ter na direção ou Presidência de nada pessoas as quais não têm um compromisso com a rentabilidade do negócio “Cavalos Puro Sangue Lusitano”. Este exemplo já o tive no México com Jorge Hank, aonde seus “erros de criação” dava literalmente para o leões, aqui manda-se para o Estado do Mato Grosso tocar gado (um pouco melhor).
A coisa está tão alterada eu dou aqui um exemplo cruel do que é a anti informação: - Antes da Exposição Internacional de São Paulo é feito uma venda de coberturas doadas por criadores. A festa deste ano foi mascarada, as fotos mostravam uma coisa e os textos outros. No final da história, muitas coberturas não tiveram lance, traduzindo em miúdos, não existiam interessados, as pessoas não querem mais criar, estão inseguras em decidir qual o caminho a seguir. Todos os plugados na informação pedimos o resultado real, mesmo para ter idéia dos rumos e podermos analisar etc, até hoje a ABPSL não soltou o relatório de preços, coberturas vendidas e coberturas as quais não tiveram lance, inibindo por total de seus associados a informação e a pesquisa, doa a quem doer, perpetuando assim a defesa do errado, do sistema da “calada da noite”. Este exemplo reflete o pensamento de quem dirige a nossa Associação de raça.
O que sinto é que não se preocupa com o rentabilidade, mas sim com a propaganda em si, não que não se necessário, mas nos preocupando apenas com a propaganda (se ele for boa , o que não é o caso), podemos vincular a esta com mais facilidade os nossos interesses pessoais, uma estratégia já conhecida de longa data. Então amigos, para termos Criadores Profissionais precisamos de uma Associação profissional, comprometida com a rentabilidade e cobrança de seus associados de qualidade e criarmos mecanismos que primam aqueles por um bom trabalho, dando a este a apenas a este a possibilidade de uso da máquina administrativa para os evidenciar, mas se nem eles sabem quem são os bons, está tudo perdido. Resta-nos entender que o bom, que o caminho a seguir é o deles.
Como cobrar qualidade de seus associados? Exemplo fácil, copiar o que é feito na Alemanha. Leilões de Elite (aquele de vinte lotes a realizar na Exposição Internacional do Cavalo Lusitano no Sábado na Hípica Santo Amaro, com ampla divulgação usando-se a máquina da Associação, seriam apenas cavalos selecionados até Dezembro do ano anterior, cavalos e éguas de elite propagados mundo a fora.
Outra forma de cobrar qualidade é informar. A pesquisa, doa a quem doer, é necessária para que estes dados sejam expostos sem políticas ou proteções individuais. Para ir mais além, com os pés na realidade, precisamos que um “caboclo” que fale inglês e espanhol, que conheça o mundo, que tenha a versatilidade de se virar em situações adversas, mas acima de tudo que tenha interesse exclusivo pela raça e não por X ou Y criador, possa visitar todas as Exposições de cavalos Lusitano no mundo com 3 funções básicas:
1) Distribuir folder’s informativos sobre sua associação e vender produtos expostos no programa de vendas de sua Associação através do seu IPAD.
2) Filmar toda a exposição de “cabo a rabo” e trazer esta informação “Up Today” para todos os associados em reunião mensal em algum lugar na Cidade de São Paulo, ou enviá-la posteriormente em Blu Ray ou DVD para cada associado interessado. Melhor, este “caboclo” poderia fazer entrevistas com pessoas influentes pelo mundo afora, colher pensamentos, impressões gerais e expô-las no site da Associação.
3) Receber em seu país, estes tantos “amigos” para a exposição Internacional de São Paulo, num programa de 10 dias. Este período vai de Sexta-feira anterior ao Leilão Luso Brasileiro ao Domingo da Exposição Internacional. Será ele o responsável pela logística e possíveis comercializações de cavalos (sendo estes cavalos inclusos no programa de vendas da Associação).
A primeira pergunta é: Como pagar os deslocamentos deste profissional? A resposta é simples e já colocada em prática por minha pessoa por muitos anos como jornalista, fazer permutas com empresas. A primeira a ABSA, empresa ligada ao Grupo lan Chile e responsável pelo transporte de 98% dos cavalos exportados, através de permutas de passagem sujeitos a espaço no avião. O “caboclo “ só embarca se existe espaço no vôo. Permuta simples. Fora isso fazemos propaganda da mesma em todos os eventos (plaquinha simples), nome de obstáculo de ET, etc, “jabá” para inglês ver, pois todos sabemos que o retorno é nulo.
Outra fonte de renda, a qual permita o “caboclo” comer, andar e dormir será pago pelo percentual da Associação (normalmente de 10%, sendo 5% do “caboclo profissional” e 5% da própria Associação). Pela experiência de anos, um “caboclo” precisa de 200 a 250 dólares por dia para viver em terras estrangeiras, para comer, andar e dormir. De certo o problema será começar, depois a conta paga-se com facilidade e roda por si mesma.
Voltando aos 10 dias de estrangeiros no Brasil –
Sexta feira refresco, água de coco e watermelon à vontade. Uma breve visita à Ilha Verde, normalmente o Zé Vitor dá o jantar de boas vindas.
Sábado – teste dos cavalos do leilão Luso Brasileiro e leilão.
Domingo – Visita a dois Haras da Região; TOP e Vouga, por exemplo. Quem tiver cavalos para apresentar (desde que estes estejam inscritos no programa de vendas da Associação) poderão participar. Todos com raio X, Eliza e preço na mão do “caboclo”.
Segunda-feira – Visita aos Haras Iannoni, Pinhais, pernoite ainda em Sorocaba. Todos eles no mesmo caminho.
Terça-feira – Visita ao Villa do Retiro e Modelo, pernoite em Sorocaba.
Quarta-feira – malas vão para São Paulo, hotel da exposição e as pessoas para o Mangueiras e Interagro. Nas Mangueiras, poderá apresentar-se cavalos associados inscritos no programa de vendas da Associação. Depois do Interagro as pessoas voltarão para São Paulo para pernoite. Tudo no hotel estará tratado e malas de cada um no quarto.
Quinta-feira – Exposição.
Sexta feira – Exposição e Happy Hour
Sábado – Exposição e leilão de 20 lotes selecionados durante o ano anterior. Nome: Leilão Internacional Oficial da Associação (só cavalos escolhido pelo grupo selecionador entre todos os criadores nacionais), leilão simples, rápido e sem maiores custos na pista da exposição. O que será relevante é a QUALIDADE e não o enredo. Todo o mundo já conhecerá os lotes.
Domingo – Exposição e finalizando com uma escola de samba e algumas mulatas, em alto astral para acalmar os ânimos e não ficar aquela tristeza (de quem comeu e não gostou) registrada nos últimos anos.
Depois das 18 horas a programação aeroporto e sua logística. Caso fique alguém para trás, este receberá toda a atenção nos dias seguintes, sempre acompanhado pelo “caboclo” para garantir a comissão da Associação.
Cansei por hoje, vou ver o meu Corinthians vencer do Palmeiras.

Um comentário:

Marcelo disse...

BRAVO NUNO, continuas com meu apoio incondicional !!!